Em São João da Pesqueira, o executivo municipal aprovou uma "medida excecional de apoio" que isenta do pagamento do consumo de água de agosto os residentes das localidades gravemente atingidas. A autarquia justificou a decisão afirmando que "não é justo que os consumidores sejam penalizados pelo aumento de consumo de água" utilizado no combate às chamas para proteger pessoas e bens. De forma semelhante, em Pampilhosa da Serra, a Câmara decidiu devolver o valor integral da fatura da água a 19 aldeias afetadas, numa decisão concertada com os municípios de Góis e Lousã. Em Sernancelhe, o presidente da Câmara, Carlos Santos, revelou um cenário de grande destruição, com 75% do concelho ardido, incluindo sete habitações e 39 casas devolutas. O autarca alertou para os "muitos milhões" de euros em prejuízos e defendeu que as casas de emigrantes deveriam ser consideradas de primeira habitação para efeitos de apoio. Numa outra frente, o incêndio agravou problemas preexistentes em Seia, onde aldeias da freguesia de Alvoco da Serra, que já sofriam de falta de água no verão, viram a situação piorar com danos nas tubagens e captações, obrigando a população a recorrer a fontes públicas.