Segundo a PJ, o menor terá atuado "num quadro de revolta e frustração, dado o seu parco rendimento escolar e a manifesta precariedade das suas relações sociais", utilizando por vezes uma trotinete para se deslocar e atear os fogos com fósforos antes de fugir.

O jovem confessou os factos.

Noutras operações, a PJ deteve um homem de 35 anos no Algarve, suspeito de atear quatro incêndios nos concelhos de Monchique, Portimão e Lagos, usando um motociclo para se deslocar rapidamente entre os locais.

A sua motivação permanece "desconhecida".

Em Cabeceiras de Basto, foi detido um homem de 64 anos com antecedentes criminais pelo mesmo tipo de crime, suspeito de iniciar duas ignições perto da meia-noite. Já em Beja, um homem de 39 anos foi detido por atear um incêndio com um isqueiro perto de habitações, tendo o fogo sido detetado precocemente por um bombeiro. Durante a ocorrência, uma bombeira foi ameaçada e injuriada por um dos suspeitos, que admitiu a autoria dos fogos. Estas detenções reforçam a perceção de que a ação humana, intencional ou negligente, continua a ser uma das principais causas dos incêndios em Portugal.