O caso choca pela tenra idade do suspeito e pela motivação apontada pelas autoridades: o jovem terá atuado “num quadro de revolta e frustração, dado o seu parco rendimento escolar e a manifesta precariedade das suas relações sociais”.

Após ser interpelado pela PJ, o adolescente confessou os factos.

A investigação, conduzida pelo Departamento de Investigação Criminal de Braga, revelou que o menor, residente em Seidões, utilizava uma trotinete para se deslocar para zonas florestais, onde ateava os fogos com recurso a fósforos através de chama direta, fugindo de seguida para a sua residência.

A recorrência diária dos incêndios nestas freguesias causava grande preocupação entre as populações locais e consumiu vários hectares de floresta.

A PJ sublinha que os locais escolhidos pelo jovem tinham um “elevado potencial de propagação a manchas florestais de grandes dimensões”, o que gerava enormes riscos.

As autoridades não descartam a possibilidade de, em algumas situações, o menor ter atuado em grupo.

O caso foi comunicado ao Ministério Público para os devidos trâmites legais, nomeadamente em sede do Tribunal de Família e Menores.