Os avistamentos, impulsionados por ventos e correntes, levaram as autoridades a reforçar os avisos de precaução aos banhistas. Durante a última semana de agosto, foram registados múltiplos avistamentos de organismos gelatinosos ao longo da costa oeste de Portugal.

O destaque vai para a caravela-portuguesa (Physalia physalis), detetada em 23 praias entre Vila do Conde e Caminha, bem como em Torres Vedras.

Esta espécie é considerada a mais perigosa em águas nacionais, pois os seus tentáculos, que podem atingir até 30 metros, são capazes de provocar fortes queimaduras.

Além da caravela, foram também avistados o veleiro (Velella velella) e a medusa-do-tejo (Catostylus tagi) em praias de Mafra e Lagos.

O IPMA aconselha a que se evite qualquer contacto direto com estes organismos, mesmo que aparentem estar mortos na areia.

Em caso de picada de caravela-portuguesa, a recomendação é lavar a zona afetada com água do mar, sem esfregar, e aplicar vinagre e/ou compressas quentes. O uso de água doce, álcool ou amónia é desaconselhado.

A monitorização contínua do GelAvista, que conta com a colaboração dos cidadãos, é fundamental para estudar a ocorrência destes organismos e alertar a população para os potenciais riscos.