Após analisar a “dimensão catastrófica” dos fogos rurais deste ano, a ANMP elaborou um documento com propostas concretas, alertando para falhas sistémicas na prevenção, no comando e na valorização dos agentes no terreno.
A presidente da ANMP, Luísa Salgueiro, destacou a necessidade de uma ação rápida, afirmando: “Apelamos para que se faça agora, novamente, um grande debate, para que se tomem medidas rápidas, evitando que no próximo verão esta situação se repita”.
Entre as propostas enviadas ao Governo, figura a revisão das cartas de perigosidade, o reforço dos poderes das câmaras municipais e a disponibilização de mais recursos financeiros para políticas de silvicultura preventiva.
A ANMP defende também a mobilização das Forças Armadas em períodos críticos, o investimento na rede primária de corta-fogos e a aceleração do cadastro da propriedade rústica através do Balcão Único do Prédio (BUPI). Uma das medidas mais vincadas é a sugestão de universalização da videovigilância em áreas de risco. A associação criticou ainda a atual rede de comando da proteção civil, que “está demonstrado que não responde eficazmente”, e apelou a uma maior valorização dos bombeiros, propondo a reformulação da relação contratual com as associações humanitárias para assegurar mais meios humanos, técnicos e financeiros.













