A situação tornou-se particularmente crítica após a morte de duas pessoas em Marvão, em momentos que coincidiram com a inoperacionalidade da VMER.

Num dos casos, um homem de 56 anos vítima de paragem cardiorrespiratória teve de ser assistido apenas por bombeiros.

A presidente da Câmara, Fermelinda Carvalho, classificou a situação como inaceitável e reivindicou junto da Unidade Local de Saúde (ULS) do Alto Alentejo que "a VMER esteja em funcionamento 100% do tempo". A autarca propôs soluções como a possibilidade de a viatura operar apenas com enfermeiros em caso de indisponibilidade médica e a criação de uma ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV) para o hospital local. Em resposta, a ULS e o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) emitiram um comunicado conjunto reconhecendo os constrangimentos e garantindo estar a "desenvolver esforços" para resolver o problema. As medidas incluem a disponibilização de mais vagas de formação para profissionais da ULS e a "realocação de meios diferenciados de emergência" em períodos de maior fragilidade. A ULS do Alto Alentejo descreveu o problema como "estrutural e prolongado", resultante da dependência de prestadores externos com custos elevados e sem garantia de continuidade.