A deteção de um foco de gripe aviária de alta patogenicidade numa exploração de patos em Benavente levou Hong Kong a proibir a importação de carne de aves e derivados oriundos do concelho. Esta medida preventiva sublinha as repercussões económicas e internacionais imediatas de um alerta de saúde pública local. A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) confirmou o foco de infeção pelo vírus H5N1 numa exploração de patos de engorda na freguesia de Santo Estêvão, o que resultou no abate dos animais infetados. As autoridades implementaram de imediato as medidas de controlo previstas, incluindo a inspeção, limpeza e desinfeção das instalações, bem como a imposição de uma zona de restrição de 10 quilómetros em redor do foco para vigilância e controlo da movimentação de aves. A DGAV reiterou o apelo a todos os produtores para que cumpram rigorosamente as “medidas de biossegurança e as boas práticas de produção, evitando os contactos entre aves domésticas e selvagens”.
Este surto não é um caso isolado, tendo sido precedido por outros focos em Olhão, Aveiro e Alcácer do Sal.
A decisão de Hong Kong, comunicada pelo seu Centro para a Segurança Alimentar (CFS), foi tomada “para proteger a saúde pública”, na sequência de uma notificação da Organização Mundial de Saúde Animal. Embora o território não tenha importado carne de aves de Portugal no primeiro semestre de 2025, a proibição evidencia a sensibilidade dos mercados internacionais a questões sanitárias.
O Ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, elogiou a resposta das entidades portuguesas, afirmando que se atuou de “forma rapidíssima”, desde a deteção à notificação.
A transmissão do vírus H5N1 a humanos é considerada rara, mas pode levar a quadros clínicos graves quando ocorre.
Em resumoUm surto de gripe aviária numa exploração de patos em Benavente resultou no abate dos animais e na implementação de uma zona de restrição pela DGAV. O incidente teve uma repercussão internacional imediata, com Hong Kong a proibir a importação de produtos avícolas da região como medida de saúde pública, apesar da rápida atuação das autoridades portuguesas.