O Hospital de Beja viu-se forçado a limitar o acesso ao seu serviço de urgência geral durante 24 horas, entre as 08h00 de quinta-feira e as 08h00 de sexta-feira, devido à "incapacidade de completar a escala médica". Este constrangimento, que afetou a urgência de adultos, obrigou os utentes a recorrerem a canais de triagem como a linha SNS 24 antes de se dirigirem à unidade hospitalar. A Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA) informou que, durante este período, o serviço de urgência apenas receberia doentes referenciados pelo INEM, pela Linha SNS 24 ou por outros médicos.
A ULSBA apelou à população para não se deslocar diretamente ao hospital, recomendando o contacto prévio com as linhas de apoio para um encaminhamento adequado à gravidade da situação.
Como alternativa, foram indicados os Serviços de Urgência Básicos dos centros de saúde de Castro Verde e Moura, que se mantiveram em funcionamento regular. Este episódio em Beja, somado a constrangimentos semelhantes e recorrentes no Hospital de Évora, ilustra as dificuldades estruturais de recursos humanos que afetam o Serviço Nacional de Saúde na região do Alentejo. A incapacidade de assegurar escalas médicas completas nas urgências hospitalares coloca uma pressão acrescida sobre os profissionais e pode comprometer a resposta atempada aos utentes, sendo um reflexo de um problema mais vasto de fixação de médicos no interior do país.
Em resumoA incapacidade de preencher a escala médica levou o Hospital de Beja a restringir o acesso à sua urgência geral por 24 horas, aceitando apenas doentes encaminhados. Este evento, similar a recentes constrangimentos em Évora, evidencia a grave carência de profissionais de saúde e os desafios operacionais enfrentados pelos serviços de emergência no Alentejo.