A trágica ocorrência com o Elevador da Glória, que resultou em múltiplas vítimas mortais e feridos, levou a Câmara Municipal de Lisboa a emitir um alerta de segurança imediato. Como medida de precaução, foi ordenada a suspensão de todos os outros ascensores e funiculares da cidade para serem submetidos a inspeções rigorosas. Após o descarrilamento que provocou 16 mortos na tarde de quarta-feira, o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, ordenou a suspensão "de imediato" das operações dos ascensores da Bica e do Lavra, bem como do funicular da Graça. Esta medida de segurança pública visa garantir a segurança dos equipamentos enquanto se apuram as causas da catástrofe.
Moedas exigiu à Carris, empresa municipal que gere os ascensores, a realização de "uma investigação externa independente", para além do inquérito interno já em curso. O presidente da Carris, Pedro de Brito Bogas, confirmou que o inquérito interno contará com consultores externos e que os restantes equipamentos serão sujeitos a uma "rigorosa inspeção técnica feita por uma entidade externa".
A tragédia colocou sob escrutínio os processos de manutenção, revelando-se que esta é externalizada desde 2007.
Recentemente, após um concurso público ter ficado deserto, a Carris celebrou um ajuste direto de cinco meses com a mesma empresa.
O acidente expôs também uma lacuna na supervisão, pois foi noticiado que os elevadores da Glória e do Lavra nunca foram fiscalizados pela Autoridade Nacional de Segurança Ferroviária (ANSF), devido a uma alteração legislativa de 2020 que isenta equipamentos históricos classificados como património.
Em resumoO desastre do Elevador da Glória resultou num alerta de segurança imediato por parte da Câmara de Lisboa, com a suspensão de todos os ascensores para inspeções externas. O incidente expôs fragilidades nos processos de manutenção externalizada e uma falha na supervisão por parte da autoridade nacional de segurança ferroviária, gerando um debate sobre a segurança de infraestruturas históricas.