O aviso da ANEPC surge em resposta às previsões do IPMA, que indicam a chegada de uma frente fria com “precipitação por vezes forte, em especial no litoral Norte e Centro”.

A Proteção Civil destaca que as áreas que perderam o seu coberto vegetal estão “mais expostas e vulneráveis”, pois a cinza acumulada pode funcionar como uma “matéria impermeável”, aumentando o escoamento superficial.

Este fenómeno agrava o risco de cheias rápidas em zonas urbanas, bem como deslizamentos e derrocadas motivados pela infiltração de água no solo fragilizado. Outra preocupação central é a “contaminação de fontes de água potável por inertes resultantes de incêndios rurais”, um perigo para a saúde pública. A ANEPC alerta ainda para o risco de arrastamento de objetos soltos para as estradas e o desprendimento de estruturas, que podem causar acidentes. Para minimizar estes efeitos, a autoridade recomenda à população a adoção de comportamentos adequados, como a desobstrução de sistemas de escoamento de águas, a retirada de inertes, uma condução defensiva com velocidade reduzida e especial atenção à formação de lençóis de água. É ainda desaconselhado atravessar zonas inundadas, para evitar o arrastamento de pessoas ou viaturas. Este alerta é particularmente relevante dado que, segundo o Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais, o ano de 2025 é o terceiro pior de sempre em área ardida até 31 de agosto.