Um incêndio de grandes dimensões que deflagrou em Sandomil, no concelho de Seia, levou o presidente da Câmara Municipal a ativar o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil para reforçar a coordenação das operações de combate e apoio à população. O fogo, que mobilizou mais de 600 operacionais e 14 meios aéreos, cresceu exponencialmente devido ao vento forte e instável, criando situações de risco em diversas freguesias e obrigando ao confinamento de várias localidades. A Polícia Judiciária, em colaboração com a GNR, deteve o presumível autor de dois focos de incêndio, um homem de 49 anos. A investigação apurou que os fogos terão sido ateados com recurso a chama direta, "em contexto de uma alegada contenda entre o suspeito e um vizinho".
O alerta foi dado pelo próprio vizinho, e o suspeito foi encontrado com queimaduras e ferimentos ligeiros.
As chamas levaram ao corte de várias estradas, incluindo a Estrada Nacional 17, e a prioridade das equipas no terreno foi a proteção das habitações.
O incêndio foi dominado na madrugada seguinte, com o auxílio da chuva, mas não sem antes destruir uma casa devoluta e alguns anexos agrícolas, tendo ardido mais de 1.890 hectares.
Em resumoO incêndio em Seia, alegadamente de origem criminosa devido a uma disputa entre vizinhos, demonstrou a vulnerabilidade do território a grandes fogos, exigindo a ativação do plano de emergência municipal. A rápida atuação das autoridades levou à detenção do suspeito, enquanto centenas de operacionais combatiam as chamas que consumiram uma vasta área e colocaram várias povoações em risco.