"Um engenheiro até é capaz de desenrascar e ensinar Matemática, mas no primeiro ciclo só um professor consegue ensinar as crianças a ler e a escrever.

O milagre da leitura começa ali", sublinhou o dirigente sindical.

A solução prevista poderá passar pela divisão dos alunos sem professor pelas restantes turmas da escola.

No total, a FENPROF identificou 2.758 horários por preencher em contratação de escola, o que corresponde a cerca de 50 mil horas de aulas semanais.

As zonas mais afetadas são Lisboa, Alentejo e Algarve, com carências significativas também no pré-escolar, em disciplinas tecnológicas e na Educação Especial. As escolas com mais dificuldades concentram-se na zona de Lisboa, onde faltam cerca de 300 horários, seguida de Setúbal, com quase 200. O sindicato nota ainda uma diminuição no número de candidatos disponíveis para contratação de escola, com "menos 2.566 candidatos" este ano.