O serviço, que entrou em funcionamento a 10 de setembro, é gratuito e opera 24 horas por dia, durante todo o ano. O atendimento é assegurado por profissionais com formação especializada em saúde mental e suicidologia, como psicólogos clínicos e enfermeiros psiquiátricos, uma garantia de qualidade considerada "mandatória" por Ana Matos Pires, da Coordenação Nacional das Políticas de Saúde Mental. A linha, criada por lei no início de 2024, foi inspirada na experiência francesa e, embora integrada no SNS 24, funciona de forma autónoma. Contudo, o seu arranque foi assinalado por algumas dificuldades, nomeadamente a falta de um coordenador clínico nomeado e desafios no recrutamento de psicólogos para os cursos de formação.

A Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) aproveitou a data para divulgar recomendações, sublinhando que "o suicídio pode ser prevenido com medidas adequadas".

A OPP defende o cumprimento do rácio de um psicólogo por cada 5.000 utentes no SNS, a criação de políticas de mitigação de vulnerabilidades socioeconómicas e a promoção de uma comunicação responsável por parte dos media, que "podem desempenhar um papel decisivo na prevenção do suicídio". A nova linha não funciona como uma consulta, mas como um ponto de apoio e triagem, com um fluxograma que permite o reencaminhamento para serviços de emergência como o INEM em situações de risco iminente.