Esta fase do processo permite que as populações e entidades locais se pronunciem sobre um projeto com significativos impactos ambientais e sociais na região do Alto Minho.
A consulta pública, que decorre até 17 de outubro, foca-se numa alteração de cerca de oito quilómetros no traçado, exclusivamente no concelho de Monção, que implica 16 novas localizações para os apoios da linha. O projeto total, da REN, abrange uma extensão de 65,8 quilómetros, atravessando sete concelhos nos distritos de Braga e Viana do Castelo. O EIA, disponível no portal da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), reconhece "impactes adversos de relevância local, mas maioritariamente mitigáveis", destacando-se "efeitos negativos como afetação de solos, biodiversidade e paisagem". No entanto, considera o projeto "viável em termos ambientais e sociais", desde que sejam implementadas as medidas de mitigação propostas, como a monitorização da população de lobo ibérico.
O projeto inicial foi fortemente contestado em tribunal por cinco municípios, e a contestação local levou o Governo e a REN a estudar "pequenos desvios" para minimizar os impactos.
Esta consulta pública representa, assim, um momento crucial para a comunidade expressar as suas preocupações e garantir que a decisão final equilibra as necessidades energéticas com a proteção do património natural e paisagístico da região.













