Esta situação meteorológica, acompanhada por uma massa de ar seco, eleva significativamente o risco de incêndio rural em várias regiões do país. A vaga de calor, descrita como um episódio que deverá persistir até ao final da semana, é influenciada por um anticiclone localizado a nordeste dos Açores, que promove o transporte de uma massa de ar quente e seca proveniente do Norte de África.

As previsões apontam para temperaturas máximas entre os 34 e os 39 graus, especialmente no interior das regiões Norte e Centro, Vale do Tejo e Alentejo.

As noites também serão quentes, com mínimas a rondar os 20 graus em várias zonas, caracterizando o fenómeno de noites tropicais.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) reforçou o alerta, colocando 17 concelhos dos distritos da Guarda, Castelo Branco, Portalegre e Faro em perigo máximo de incêndio.

A ANEPC sublinhou que a baixa humidade relativa do ar, inferior a 30% em grande parte do território, e a fraca recuperação noturna criam “condições favoráveis à ocorrência e propagação de incêndios rurais”.

Face a este cenário, o Primeiro-Ministro, Luís Montenegro, apelou à população para “não baixar a guarda”, pedindo atitudes de responsabilidade e o cumprimento das orientações das autoridades. Foram impostas proibições de queimadas e do uso de fogo para confeção de alimentos em espaços rurais, bem como a utilização de motorroçadoras e corta-matos nos dias de perigo máximo.