Segundo os críticos, a proposta desvaloriza o papel pedagógico e técnico dos instrutores certificados, que possuem formação específica e veículos com duplos comandos para intervir em situações de emergência. Paulo Fonseca, da PRP, alertou que "os alunos vão sair menos preparados da escola de condução", sublinhando que um tutor, apesar de experiente, pode não ter a "preparação pedagógica e técnica para atuar e minimizar consequências". A ANIECA alertou ainda para o impacto económico da medida, estimando que poderá colocar em risco cerca de quatro mil postos de trabalho diretos.

Atualmente, o regime de condução acompanhada tem uma adesão residual e exige que o tutor tenha carta há pelo menos dez anos e não tenha cometido infrações graves nos últimos cinco anos.

As associações defendem que este modelo deve ser um complemento e não um substituto da formação profissional, que consideram essencial para garantir a segurança de todos na via pública.