O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) emitiu avisos amarelos para vários distritos, instando a uma vigilância reforçada e à adoção de medidas preventivas pela população.

O alerta generalizado emitido pelas autoridades para o risco de incêndio em vastas áreas do país reflete a crescente preocupação com o impacto das alterações climáticas e das ondas de calor na segurança de pessoas e bens. A declaração de perigo máximo em cerca de 80 concelhos, abrangendo distritos do interior Norte, Centro e Algarve, foi fundamentada em cálculos do IPMA que combinam fatores como a temperatura do ar, a humidade relativa, a velocidade do vento e a precipitação. Com temperaturas a atingir os 35 graus em Santarém e a previsão de 40 graus nos vales do Tejo e Douro, aliadas a uma humidade relativa inferior a 30%, o cenário tornou-se particularmente crítico.

Em resposta, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e a Guarda Nacional Republicana (GNR) intensificaram as suas ações.

A GNR reforçou o patrulhamento em áreas florestais e agrícolas para dissuadir comportamentos de risco e detetar ignições precocemente.

A força de segurança apelou à responsabilidade cívica, relembrando a proibição de fazer lume ou fogueiras e a necessidade de cuidados redobrados com maquinaria agrícola. Este aviso à população não é apenas uma formalidade, mas um apelo urgente à ação preventiva, numa altura em que o país já registou mais de 7.200 incêndios florestais desde o início do ano, muitos deles resultantes de negligência ou incendiarismo.