A falta de médicos para assegurar as escalas de serviço obrigou ao encerramento temporário das urgências de Obstetrícia e Ginecologia nos hospitais de Aveiro e Santarém durante o fim de semana. A situação estende-se a outras unidades hospitalares do país, que funcionam com fortes condicionamentos, levantando preocupações sobre a segurança e o acesso aos cuidados de saúde para grávidas. O Serviço Nacional de Saúde (SNS) enfrentou, durante o fim de semana, constrangimentos significativos no funcionamento de vários serviços de urgência de Obstetrícia e Ginecologia. Segundo os dados do Portal do SNS, o serviço no Hospital Infante D. Pedro, em Aveiro, e no Hospital Distrital de Santarém estiveram encerrados no sábado. No domingo, a unidade de Aveiro manteve-se fechada, enquanto a de Santarém reabriu, mas sob um projeto-piloto que exige contacto prévio das utentes com a linha SNS 24.
A crise na composição das escalas afetou igualmente outras unidades a nível nacional.
Hospitais como o Amadora-Sintra, São Bernardo (Setúbal), Vila Franca de Xira, Abrantes, Leiria, Loures e Braga funcionaram com limitações, recebendo apenas casos referenciados pelo INEM ou pela linha SNS 24. Perante este cenário, as autoridades de saúde reforçaram o apelo à população para que, antes de se deslocarem a uma urgência, contactem a linha SNS 24 (802 24 24 24) para receberem a orientação adequada. A situação motivou uma reação do primeiro-ministro, que admitiu a possibilidade de o Governo transferir médicos à força para assegurar as escalas, uma medida que gerou controvérsia e críticas por parte de sindicatos e da Ordem dos Médicos.
Em resumoO encerramento e os constrangimentos operacionais em diversas urgências de obstetrícia, nomeadamente em Aveiro e Santarém, refletem a persistente crise de recursos humanos no SNS. As autoridades recomendam o contacto prévio com a linha SNS 24, enquanto o Governo pondera medidas excecionais para garantir a cobertura dos serviços.