O sistema informático do SNS esteve inoperacional a nível nacional desde a tarde de quarta-feira até à manhã de quinta-feira, com a normalidade a ser totalmente restabelecida apenas pelas 12h15. A falha, que resultou de uma atualização de software da Rede Informática da Saúde (RIS) pela operadora NOS, impediu os profissionais de saúde de acederem aos processos clínicos dos doentes, realizar novas prescrições eletrónicas e executar exames, causando atrasos significativos em consultas e cirurgias. A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) alertou para a fragilidade do sistema e recomendou aos médicos que apresentassem escusa de responsabilidade, sublinhando que os riscos não lhes são imputáveis.
A situação levantou também sérias preocupações sobre a segurança dos dados dos utentes, com notícias a indicarem que falhas recorrentes têm sido exploradas por piratas informáticos para vender informações sensíveis.
Em resposta, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) informaram que está em curso, desde 2023, um plano de modernização da rede (RISNextG) e dos centros de dados, com um investimento superior a 30 milhões de euros financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), para criar um ecossistema digital “mais seguro, escalável e eficiente”.









