O Movimento Cívico Ar Puro, a EcoCartaxo e o Movimento Ecologista do Vale de Santarém, que integram o proTEJO, denunciaram a ocorrência de novas descargas poluentes no rio Maior, na freguesia de São João da Ribeira.
Segundo os ecologistas, estes episódios coincidem, como habitualmente, com a campanha do tomate, um problema que afirmam persistir desde 1965.
As descargas transformam o rio, que nesta altura do ano tem um caudal muito reduzido, num “esgoto a céu aberto”, com a água a apresentar “cheiro nauseabundo e da cor vermelha e pastosa”.
Os movimentos acusam os responsáveis de inovar nas táticas, utilizando agora uma vala encoberta em terrenos privados para fazer a descarga de forma indireta, a cerca de 800 metros do leito principal do rio. As organizações criticam a falta de fiscalização eficaz, afirmando que os controlos analíticos e as inspeções não têm sido “confiáveis, nem merecedores de credibilidade”.
Para além da poluição da água, denunciam ainda os “graves danos ecológicos e sociais”, como gases e ruído contínuo da atividade industrial, que afetam a saúde e o sono dos residentes.
Perante a situação, exigem que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e a Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT) atuem para impedir as descargas e responsabilizar os poluidores.













