O incêndio, que terá começado em trabalhos agrícolas na zona das Alfambras, progrediu rapidamente em direção a sul, impulsionado por "fortes rajadas de vento e pelo relevo do terreno".

A situação no terreno foi descrita como "muito complicada", com as chamas a lavrarem "com grande intensidade" e a desenvolverem-se em três frentes ativas que, numa fase inicial, estavam "sem capacidade de extinção".

A dimensão do fogo exigiu uma resposta robusta, com o número de operacionais a crescer de quase 200 para mais de 330, envolvendo bombeiros de várias corporações do Algarve e do Alentejo, e mobilizando até dez meios aéreos. O combate foi dificultado pela intensidade do vento, que impedia os meios aéreos de realizar descargas eficazes na cabeça do incêndio, levando-os a optar pelos flancos.

Como medida de precaução, as autoridades procederam ao corte das Estradas Nacionais 268 e 120 (identificada também como IC4), causando constrangimentos significativos na mobilidade da região.

Apesar de existir habitação dispersa na área afetada, a Proteção Civil informou que não houve casas em risco iminente, tendo sido pré-posicionados meios para uma eventual necessidade de evacuação.

A Proteção Civil antecipou "um cenário de dificuldades nas próximas horas, devido às condições meteorológicas pouco favoráveis", refletindo a gravidade da situação.