As chamas, que consumiram mato e área florestal, reavivaram as memórias dos grandes incêndios de 2017 na região. O fogo deflagrou na tarde de sexta-feira na localidade de Póvoa de São Cosme e, impulsionado pelo vento, avançou rapidamente por três freguesias do concelho.

O presidente da Câmara, Francisco Rolo, confirmou que as chamas atravessaram o rio Mondego, alastrando ao concelho vizinho de Nelas. A situação levou à retirada de "entre duas a três dezenas de pessoas" por precaução, maioritariamente cidadãos estrangeiros residentes em quintas isoladas na encosta do vale do Mondego, que foram instaladas numa zona de abrigo em Seixo da Beira. O autarca descreveu a situação como um reviver do trauma de 2017, com moradores a desesperar perante o avanço do fogo.

O combate mobilizou um dispositivo robusto, que chegou a contar com quase 500 operacionais, mais de 140 viaturas e oito meios aéreos.

O comandante Nuno Seixas, da Proteção Civil de Coimbra, destacou que a rápida propagação se deveu ao baixo teor de humidade dos combustíveis e ao vento, que originou "inúmeras projeções". Apesar das dificuldades, o autarca Francisco Rolo salientou que, ao contrário de incêndios anteriores, desta vez "não faltaram bombeiros nem meios terrestres".

O fogo foi dado como dominado durante a madrugada de sábado, mas deixou um rasto de destruição, incluindo o popular Baloiço de Seixo da Beira, que ficou parcialmente destruído.