Num plenário realizado em Lourosa, Santa Maria da Feira, os cerca de 100 motoristas que asseguram as ligações entre Vila Nova de Gaia e Espinho decidiram avançar para a greve. Hélder Borges, dirigente da Fectrans, afirmou que “os horários que existem não são compatíveis com a circulação em segurança”.

O sindicalista apontou como exemplos rotas como a que liga Vendas de Grijó à Praça D. João II, no Porto, cujo tempo de viagem estipulado pela Unir é de 30 minutos, mas que, na prática, demora “na melhor das hipóteses” 40 minutos.

Esta discrepância leva à supressão de horários ao longo do dia, deixando passageiros nas paragens e gerando conflitos com os motoristas, que se sentem pressionados e em “stress”. Além dos horários, os trabalhadores queixam-se de que o nível de “limpeza e manutenção dos autocarros está muito mau”, situação que se agrava com o início do ano letivo e o aumento do número de passageiros.

A Fectrans responsabiliza tanto a Unir, por definir os horários, como a Feirense, por os aceitar.

Em resposta, fonte oficial da Transportes Metropolitanos do Porto (TMP) declarou à Lusa não ter detetado “nenhum horário que seja impossível de realizar”, afirmando que a gestão dos horários de trabalho e a condição dos motoristas são da responsabilidade do operador.