Uma série de incêndios de grande dimensão atingiu os distritos de Viseu e Coimbra, nomeadamente nos concelhos de Castro Daire, Viseu e Oliveira do Hospital, exigindo uma mobilização massiva de meios de combate. As chamas, que lavraram em zonas de mato e floresta, provocaram ferimentos em vários bombeiros e obrigaram à evacuação preventiva de populares. Durante a tarde de sexta-feira, deflagraram três grandes incêndios que mobilizaram, em conjunto, mais de mil operacionais. Em Castro Daire, o fogo começou na freguesia de Mezio e Moura Morta e alastrou-se ao concelho de Lamego, mantendo duas frentes ativas e extensas ao início da noite. Apesar de algumas aldeias terem sido ameaçadas, não se registaram danos em habitações. Em Viseu, o incêndio na localidade de Maeira de Baixo também se estendeu ao concelho de Vila Nova de Paiva e provocou ferimentos ligeiros em três bombeiros.
O comandante Rui Nogueira assegurou que “nunca houve população alguma em risco”.
O fogo mais complexo ocorreu em Oliveira do Hospital, onde as chamas atravessaram o rio Mondego e chegaram ao concelho de Nelas. O presidente da Câmara, Francisco Rolo, confirmou que, por precaução, mais de duas dezenas de pessoas, na sua maioria cidadãos estrangeiros residentes em quintas isoladas, foram retiradas das suas casas e instaladas numa zona de abrigo em Seixo da Beira. Os operacionais enfrentaram dificuldades devido aos acessos e ao vento, mas a chegada da noite, com o aumento da humidade, criou uma “janela de oportunidade” para o combate. Os três incêndios foram dados como dominados durante a madrugada de sábado, mantendo-se no terreno centenas de operacionais em trabalhos de rescaldo e consolidação.
Em resumoIncêndios de grande dimensão nos distritos de Viseu e Coimbra mobilizaram um dispositivo de combate superior a mil operacionais. As operações foram complexas, resultando em sete bombeiros feridos, na evacuação preventiva de mais de 20 pessoas e na propagação das chamas para concelhos vizinhos, sendo os fogos dominados durante a madrugada.