O esquema, conhecido como “Burla do MBWay”, visava pessoas que anunciavam artigos para venda em plataformas online como o OLX e o Custo Justo.
Segundo a acusação, os factos ocorreram entre 2019 e 2020.
Os arguidos manifestavam interesse nos produtos para ganhar a confiança dos vendedores e, de seguida, aproveitando-se do desconhecimento destes sobre o funcionamento da aplicação, enganavam-nos para que associassem os números de telemóvel dos burlões às suas contas bancárias.
Desta forma, conseguiam efetuar levantamentos e transferências, lesando as vítimas em milhares de euros. O processo, que incorpora cerca de 85 inquéritos, acusa os arguidos de crimes de burla informática, falsidade informática, acesso ilegítimo e detenção de arma proibida.
O MP pediu a perda das vantagens do crime a favor do Estado.
Este caso reflete um problema mais vasto, com as autoridades a alertarem para a crescente sofisticação das burlas online. A Polícia Judiciária (PJ) já abriu mais de 2.000 inquéritos por 'phishing' nos últimos dois anos, uma técnica que, juntamente com o 'pharming' e outras, visa obter ilicitamente dados bancários para subtrair dinheiro das contas das vítimas.













