Em resposta, a Autoridade Nacional do Medicamento emitiu um comunicado esclarecendo que as recomendações sobre a utilização de paracetamol na gravidez se mantêm inalteradas na União Europeia. O Infarmed citou uma revisão exaustiva realizada em 2019 pela Agência Europeia do Medicamento (EMA), que concluiu que os resultados dos estudos disponíveis eram "inconclusivos" e que "não foi possível estabelecer uma ligação com perturbações do neurodesenvolvimento". A autoridade portuguesa reforçou que "uma grande quantidade de dados provenientes de mulheres grávidas que utilizaram este medicamento durante a gestação indica que não existe risco de malformações no feto em desenvolvimento nem nos recém-nascidos". A comunidade médica reagiu fortemente às declarações de Trump, com o presidente do Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas a classificá-las como "irresponsáveis". Em Portugal, a diretora de obstetrícia do Hospital de São João, Marina Moucho, afirmou que "não há evidências" que comprovem a ligação, recordando que o paracetamol foi introduzido em 1955, numa altura em que o diagnóstico de autismo já existia.