Uma semana após o arranque oficial do ano letivo, os dados oficiais revelam que, a 17 de setembro, existiam 2.410 horários por preencher, dos quais 1.042 eram completos.
Estes números contrastam com as declarações do ministro Fernando Alexandre na véspera do início das aulas, quando garantiu que 98% das escolas teriam todos os professores colocados. Confrontado com os novos dados, o ministro esclareceu que se referia a 98% das necessidades globais e não ao número de escolas, e garantiu que “na maior parte das escolas, mesmo muitas vezes aquelas que têm 10 horários em falta, todos os alunos têm aulas”, graças a instrumentos como as horas extraordinárias. Fernando Alexandre acrescentou que o problema é localizado e que “vão existir sempre” horários por preencher devido a reformas e baixas. A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) contestou a visão do ministro, afirmando que os dados provam que “negar a realidade” não resolve um problema que se verifica de norte a sul e que se irá agravar. O sindicato alertou para a falta de professores do 1.º ciclo na Grande Lisboa, levando a que alunos fiquem em casa. Para mitigar o problema estrutural, o Governo anunciou um concurso extraordinário para vincular cerca de 1.800 docentes nas regiões mais carenciadas e acelerou o processo de colocação através de reservas de recrutamento a cada três dias.













