A organização profissional alerta que a dependência total de sistemas centralizados expõe médicos e doentes a riscos inaceitáveis.

As falhas, que ocorreram após uma atualização no software da Rede Informática da Saúde (RIS), provocaram graves perturbações na atividade assistencial.

Os médicos viram-se impossibilitados de aceder a diários de consulta e de internamento, enfrentando dificuldades na prescrição de medicamentos e na requisição de exames. Esta situação, segundo a OM, aumentou a pressão sobre as urgências, elevou o risco de erro clínico e duplicou o trabalho administrativo.

Para os doentes, o resultado foi mais espera e incerteza.

O bastonário, Carlos Cortes, afirmou que "é prioritária a implementação de sistemas de redundância, devidamente sincronizados com a base central, garantindo continuidade e segurança no acesso à informação". O encarregado de proteção de dados da OM, Frederico Carmo Reis, explicou que o risco poderia ter sido "significativamente mitigado" se tivesse sido mantido um "repositório local sincronizado" em cada Unidade Local de Saúde, permitindo a continuidade do trabalho clínico mesmo com falhas nos sistemas centrais. Em resposta, os SPMS informaram que está em curso um investimento de cerca de 24 milhões de euros desde 2023 para reforçar a rede de informação do SNS, através do projeto RISNextG.