As condições meteorológicas adversas, nomeadamente o vento forte e inconstante, têm dificultado significativamente as operações no terreno e provocado múltiplas reativações.

A complexidade do combate a este incêndio é acentuada pela orografia do terreno e pela rápida propagação das chamas, que, segundo as autoridades, atingiu uma velocidade de "600 hectares por hora". O segundo-comandante da Proteção Civil do Algarve, Abel Gomes, descreveu a situação como desafiadora, admitindo a existência de "pontos muito quentes que nos preocupam" e que poderiam levar à progressão do fogo em direção aos concelhos de Monchique e Vila do Bispo. O incêndio, que começou numa zona de mato, já consumiu uma área estimada em mais de 2.000 hectares, afetando também pinhal, eucaliptal e sobreiros. O impacto na comunidade local foi significativo, com a destruição de uma casa de segunda habitação, a necessidade de retirar preventivamente cerca de 10 pessoas das suas casas na localidade de Vinha Velha e o registo de mais de uma dezena de feridos ligeiros, na sua maioria operacionais afetados pela inalação de fumo. A resposta das autoridades tem sido massiva, recorrendo a técnicas de fogo de supressão (contra-fogo) para controlar as frentes mais inacessíveis e mantendo uma vigilância constante para evitar que o fogo atinja novos aglomerados populacionais.