A farmacêutica Kenvue, fabricante da marca Tylenol, também discordou "veementemente de qualquer sugestão contrária à ciência independente".
Autoridades de saúde desmentem ligação entre paracetamol e autismo
O Infarmed e a Direção-Geral da Saúde (DGS) emitiram esclarecimentos públicos para refutar as alegações do presidente norte-americano, Donald Trump, que sugeriu uma ligação causal entre o consumo de paracetamol durante a gravidez e o aumento de casos de autismo. As autoridades de saúde portuguesas, juntamente com a Ordem dos Farmacêuticos e especialistas médicos, garantem que não existe evidência científica que suporte tal relação e que as recomendações para o uso seguro do medicamento se mantêm. O Infarmed, na sua comunicação, recordou que a Agência Europeia do Medicamento (EMA) reviu em 2019 os estudos disponíveis e concluiu que os resultados eram "inconclusivos", não sendo possível "estabelecer uma ligação com perturbações do neurodesenvolvimento". A autoridade do medicamento reforça que uma "grande quantidade de dados provenientes de mulheres grávidas (...) indica que não existe risco de malformações no feto". A Ordem dos Farmacêuticos corroborou esta posição, afirmando que os estudos que apontam para uma associação apresentam "importantes limitações metodológicas". A comunidade médica e científica reagiu de forma crítica às declarações de Trump, classificando-as como "irresponsáveis" e alertando para o perigo da desinformação, que pode levar as grávidas a não tratarem condições como a febre, que por si só representa um risco para a gestação.



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