A circulação automóvel em Lisboa, particularmente na Avenida Infante D. Henrique, está a ser significativamente afetada pela deslocação de uma tuneladora de grandes dimensões, entre Santa Apolónia e o Beato. A operação, que decorre até à manhã de quarta-feira, é necessária para a construção do segundo túnel do Plano Geral de Drenagem de Lisboa (PGDL). A máquina, com 130 metros de comprimento e uma cabeça de corte de 70 toneladas, está a ser transportada durante a noite para minimizar o impacto, mas a sua dimensão obriga a condicionamentos que se estendem pelo período da manhã.
A empresa responsável pela logística, a LASO Transportes, descreveu a operação como o maior transporte do género alguma vez realizado na capital.
A tuneladora será utilizada para escavar o túnel que ligará o Beato a Chelas, numa extensão de um quilómetro, obra que se prevê estar concluída no final de 2026. Esta intervenção insere-se no PGDL, um projeto de 250 milhões de euros que visa proteger a cidade de cheias e inundações.
O primeiro túnel, entre Campolide e Santa Apolónia, com cinco quilómetros, já foi concluído.
A Câmara Municipal de Lisboa alertou a população para o "impacto significativo no trânsito local", pedindo compreensão e a utilização de rotas alternativas.
Em resumoO transporte da tuneladora constitui um aviso público sobre constrangimentos severos na mobilidade numa das principais artérias de Lisboa. A operação, embora temporária, evidencia a magnitude das obras de infraestrutura em curso para aumentar a resiliência da cidade a eventos climáticos extremos, exigindo a cooperação dos cidadãos para mitigar os transtornos.