Embora Portugal tenha registado apenas quatro casos entre 2013 e 2023, o aumento significativo de infeções em países como Espanha e Grécia e o seu carácter potencialmente mortal levam as autoridades a um estado de alerta. O Candida auris, por vezes apelidado de “bactéria pesadelo” (embora seja um fungo), foi detetado pela primeira vez no Japão em 2009 e já foi identificado em mais de 40 países. A sua principal preocupação reside na sua notável resiliência: sobrevive em superfícies hospitalares por longos períodos e é resistente a muitos desinfetantes e tratamentos antifúngicos de primeira linha.
A transmissão ocorre maioritariamente através do contacto com superfícies ou equipamentos médicos contaminados, ou pelo contacto direto com pessoas infetadas, mesmo que estas não apresentem sintomas.
Para doentes vulneráveis ou com o sistema imunitário enfraquecido, a infeção pode ser grave, levando a complicações fatais em 30% a 60% dos casos.
Os sintomas podem ser difíceis de identificar, pois o fungo pode colonizar a pele sem causar doença imediata, mas pode evoluir para infeções graves no sangue, cérebro e outros órgãos.
Os dados do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças mostram um “salto significativo” de casos em 2023, com 1346 infeções reportadas em 18 países europeus. A situação exige medidas de prevenção rigorosas, como a higiene das mãos, a limpeza e desinfeção de espaços e a identificação atempada de casos para evitar surtos hospitalares.













