A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) apelou à vigilância e à vacinação de equídeos face ao aumento de casos da febre do Nilo Ocidental na Europa. Embora Portugal se mantenha livre de focos da doença em 2025, a sua propagação em países vizinhos e o histórico de casos em 2022 justificam a adoção de medidas preventivas. Numa nota oficial, a DGAV reforçou “a importância da profilaxia para esta doença, com especial enfoque na vacinação de equídeos”, solicitando que “qualquer suspeita de doença deverá ser notificada de imediato”. O alerta surge num contexto de crescente preocupação a nível europeu, onde, entre janeiro e 15 de setembro, foram confirmados 272 focos de infeção em animais, maioritariamente em Itália, e 652 casos em humanos em nove países, incluindo Espanha.
A doença, transmitida por mosquitos, pode provocar sintomas neurológicos fatais em equídeos.
Embora Portugal não tenha registado focos este ano, em 2022 foram detetados três casos nos concelhos de Alcácer do Sal, Portalegre e Castro Verde, o que demonstra a vulnerabilidade do território.
Para além da vacinação, a DGAV recomendou a adoção de medidas para evitar a formação de criadouros de insetos, como a eliminação de águas estagnadas, de forma a controlar a população de mosquitos vetores da doença. A vigilância ativa e a colaboração entre proprietários de animais, veterinários e autoridades são consideradas essenciais para prevenir a introdução e disseminação do vírus em Portugal.
Em resumoFace ao aumento de casos de Febre do Nilo Ocidental na Europa, a DGAV emitiu um alerta preventivo em Portugal, instando à vacinação de cavalos e à eliminação de focos de mosquitos. Apesar de não haver casos registados no país este ano, a proximidade de surtos e o histórico de infeções anteriores motivam a necessidade de vigilância reforçada.