Mais de 680 operacionais da Proteção Civil, apoiados por meios aéreos e 65 militares do Exército, mantêm-se em operações de vigilância e consolidação no perímetro do incêndio que deflagrou em Aljezur e se estendeu a Lagos. Apesar de o fogo estar dominado, as autoridades alertam para o risco de reativações devido à persistência de pontos quentes numa área ardida que ultrapassa os 2.000 hectares. O incêndio, que teve início no domingo na Bordeira, concelho de Aljezur, foi dado como dominado na manhã de quarta-feira, mas o Comando Regional de Emergência e Proteção Civil (CREPC) do Algarve mantém um “vasto dispositivo de combate” no terreno. A situação evolui favoravelmente, “sem suscitar preocupações acrescidas”, mas a vigilância é constante, pois “persistem pontos quentes ao longo de todo perímetro do incêndio, que podem desencadear pequenas reativações”.
As equipas no terreno, compostas por 689 elementos, 220 veículos e nove meios aéreos, têm respondido de forma eficaz a estes reacendimentos.
O Exército Português contribui com três pelotões para as ações de vigilância, consolidação do terreno e apoio às populações.
A área ardida é estimada em mais de 2.000 hectares de mato, pinhal, eucaliptal e sobreiros.
Os trabalhos de rescaldo e consolidação deverão prolongar-se pelos próximos dias até à extinção total do incêndio.
Em Barão de São João, uma das aldeias ameaçadas pelas chamas, a população expressou a sua gratidão aos bombeiros, considerados “verdadeiros heróis” por terem evitado que o fogo atingisse a localidade.
Em resumoApós um grande incêndio que consumiu mais de 2.000 hectares em Aljezur e Lagos, as autoridades mantêm mais de 680 operacionais no terreno em estado de alerta máximo. Embora dominado, o fogo ainda apresenta pontos quentes com risco de reativação, exigindo uma vigilância contínua e operações de rescaldo que se prolongarão por vários dias.