Numa cerimónia realizada em Sátão, a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, formalizou a atribuição dos apoios, que serão divididos em duas fases.
A primeira, no valor de sete milhões de euros, financiada pelo Fundo Ambiental, destina-se a intervenções imediatas.
A ministra explicou que estes trabalhos são «essencialmente para reter as cinzas para não haver contaminação das linhas de água, segundo tudo o que é relacionado com segurar os solos para evitar erosão e derrocadas».
Esta verba será entregue em três tranches para garantir liquidez às autarquias.
Apesar da importância do apoio, a reação local foi mista.
O presidente da Câmara de Seia, Luciano Ribeiro, um dos municípios contemplados com 418 mil euros, considerou o montante “uma gota no oceano” face à dimensão dos trabalhos necessários e alertou para a escassez de empresas disponíveis para as intervenções. A segunda fase do programa, com um valor de 11,7 milhões de euros, será dirigida a “ações mais estruturantes de restauro da natureza”, como o combate a espécies invasoras e a reflorestação, podendo ser alargada a outros municípios através de uma abordagem por parques e áreas protegidas, como o Parque Natural da Serra da Estrela e o Douro Internacional, territórios severamente afetados, com o distrito da Guarda a registar 30% da sua área total ardida.









