A modernização da Linha da Beira, um projeto que se estendeu por 190 quilómetros, foi apresentada como um avanço estratégico para a ligação ferroviária do interior com os centros urbanos e a Europa. A intervenção incluiu a melhoria do traçado, a supressão de passagens de nível e a construção da Concordância da Mealhada, que permite uma ligação direta da Linha do Norte à da Beira Alta.
A IP prometeu viagens “mais rápidas, seguras e confortáveis”.
Contudo, a análise aos novos horários gerou um alerta público sobre a eficácia do investimento. Um dos artigos noticiou que, apesar do encerramento de 42 meses e do avultado investimento, a redução no tempo de percurso entre Lisboa e a Guarda é, em alguns casos, de apenas 15 minutos, e noutros, praticamente nula quando comparada com os horários de 2009.
A crítica aponta que a CP se limitou a “repor a oferta que tinha antes do encerramento, sem tirar partido das novas possibilidades geradas pela variante da Mealhada”.
A situação levanta questões sobre a relação custo-benefício da obra e se o retorno para os passageiros justifica um investimento desta magnitude, transformando o anúncio de reabertura num aviso sobre expectativas defraudadas.









