O serviço de Urgência Geral do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, conhecido como Amadora-Sintra, enfrenta uma situação crítica, com tempos de espera que chegaram a ultrapassar as 13 horas para doentes urgentes. A situação, que não é inédita, levanta sérias preocupações sobre a capacidade de resposta da unidade hospitalar e o acesso atempado a cuidados de saúde na região. Segundo os dados do portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS), numa manhã de quarta-feira, o tempo médio de espera para a primeira observação de doentes com pulseira amarela (urgentes) atingiu as 12 horas e 51 minutos. O cenário era ainda mais grave para os doentes classificados com pulseira verde (pouco urgentes), cuja espera média ascendia a 17 horas e 10 minutos. Estes valores contrastam drasticamente com os tempos recomendados pelo sistema de triagem, que estipula um atendimento em 60 minutos para casos urgentes e 120 minutos para os pouco urgentes.
As filas prolongadas não são um episódio isolado nesta unidade, tendo-se registado esperas superiores a 16 horas no domingo anterior.
No início do ano, a Unidade Local de Saúde Amadora-Sintra integrou o projeto ‘Ligue Antes, Salve Vidas’, uma iniciativa que incentiva o recurso prévio à linha SNS24 para aliviar a pressão sobre as urgências. No entanto, os tempos de espera atuais colocam em causa a eficácia da medida, evidenciando uma sobrecarga contínua que compromete a prestação de cuidados de saúde à população.
Em resumoO Hospital Amadora-Sintra registou tempos de espera excecionalmente longos nas suas urgências, com doentes urgentes a aguardarem quase 13 horas por uma primeira observação. Este valor excede largamente os tempos de referência do SNS e aponta para uma sobrecarga persistente do serviço, apesar de iniciativas como o projeto ‘Ligue Antes, Salve Vidas’, que visava mitigar a afluência. A recorrência de longas esperas levanta preocupações sobre a capacidade de resposta e a segurança dos utentes.