A investigação, que decorria desde 2020, culminou com buscas em várias localidades do país, incluindo Braga, Leiria e Lisboa.

A operação policial foi realizada na terça-feira pelo Núcleo de Investigação Criminal de Viseu e deu continuidade a diligências iniciadas em abril de 2025, quando já tinham sido constituídos arguidos 13 indivíduos e três pessoas coletivas.

Desta vez, foram realizadas 16 buscas, dez domiciliárias e seis em empresas, nas localidades de Braga, Lisboa, Sintra, Cacém, Moita, Montijo, Setúbal, Porto, Leiria e Pombal. O esquema consistia em falsos peditórios, muitas vezes em nome de bombeiros e outras instituições de solidariedade, para a alegada compra de ambulâncias.

A rede operava ao abrigo de um sorteio legalmente aprovado pelo Ministério da Administração Interna, mas que, na prática, nunca premiava ninguém. Durante as buscas, a GNR apreendeu telemóveis, um computador, dezenas de artigos de vestuário associados a instituições de solidariedade, diversa documentação e cartões de identificação falsos. A operação envolveu 67 militares da GNR de várias valências e contou com o apoio da PSP e da Polícia Judiciária.

Os factos foram comunicados ao Tribunal Judicial de Viseu, que centraliza a investigação.