A administração do hospital atribui a sobrecarga a múltiplos fatores.

A unidade serve uma população de cerca de 600 mil utentes, dos quais um terço não tem médico de família, o que aumenta a afluência às urgências. Adicionalmente, uma fonte hospitalar oficial revelou que "mais de 20% dos internamentos na unidade considerados internamentos sociais", referindo-se a doentes com alta clínica que permanecem no hospital por falta de retaguarda familiar ou institucional.

Esta situação bloqueia camas necessárias para novos doentes provenientes da urgência.

Para mitigar o problema, o hospital planeia implementar um Centro de Responsabilidade Integrada (CRI) na Urgência até ao final do ano e criar uma unidade com 70 camas destinada a estes internamentos sociais.

A situação funciona como um alerta público sobre a pressão extrema no SNS, com o hospital a reforçar a importância de os utentes contactarem primeiro a Linha SNS 24, no âmbito do projeto "Ligue Antes, Salve Vidas".