A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) monitoriza a situação, que afeta maioritariamente aves selvagens mas também representa um risco para explorações avícolas. De acordo com dados da DGAV, entre 1 de outubro de 2024 e 19 de setembro de 2025, a Europa contabilizou 1.876 focos da doença, sendo 1.159 em aves selvagens, 563 em aves de capoeira e 154 em aves em cativeiro.

A Hungria (343 focos) e a Alemanha (279) foram os países mais afetados.

Em Portugal, dos 27 focos registados no período, cinco ocorreram apenas no último mês, indicando uma atividade recente do vírus.

Um dos casos confirmados levou ao encerramento temporário da exploração de patos Marinhave, em Benavente, que se encontra sem animais desde o início do mês e não terá autorização para reintroduzi-los até à conclusão da investigação sobre o foco e sobre denúncias de maus-tratos. A situação representa um aviso de saúde pública e animal, uma vez que, embora a transmissão do vírus para humanos seja rara, "quando ocorre, a infeção pode levar a um quadro clínico grave". O elevado número de focos em aves selvagens demonstra a dificuldade em controlar a disseminação do vírus, que pode facilmente transitar para explorações comerciais, com graves consequências económicas e sanitárias, obrigando a uma vigilância epidemiológica constante por parte das autoridades nacionais e europeias.