O radão é um gás radioativo natural, incolor e inodoro, que se liberta de solos graníticos, como os da região, e cuja acumulação em espaços fechados e mal ventilados pode atingir níveis perigosos.
A Organização Mundial de Saúde identifica-o como a segunda principal causa de cancro do pulmão, a seguir ao tabaco. A Câmara Municipal da Covilhã, que assumiu a responsabilidade pelo edifício em 2023 no âmbito da transferência de competências, afirmou ter agido prontamente, auxiliando no realojamento de serviços e realizando a limpeza do local. No entanto, a autarquia sublinhou que, até à data, "não existia qualquer comunicação sobre a eventual presença de gás radão naquele edifício", apesar de a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), anterior gestora, ter elaborado um documento sobre necessidades de manutenção que não mencionava este risco.
Perante a gravidade da situação, o município solicitou uma reunião urgente com a ARSC e a ULS para apurar responsabilidades e definir os próximos passos, transformando este incidente num sério alerta de saúde pública e segurança para a comunidade local.













