Esta decisão surge na sequência de forte contestação por parte de moradores e de vários candidatos às eleições autárquicas, que criticaram o projeto como sendo um "investimento desproporcionado" e gerador de constrangimentos significativos. A suspensão foi comunicada como uma "solução de consenso" que permitirá "uma análise cuidada sobre a obra e os seus desenvolvimentos", salvaguardando o interesse público.

A decisão ganhou contornos políticos por ter sido tomada poucos dias após a tomada de posse da nova administração da Metro do Porto, nomeada pelo atual Governo.

Vários candidatos da oposição, como Miguel Corte-Real (Chega) e Diana Ferreira (CDU), interpretaram o momento da paragem como um "golpe em campanha eleitoral", sugerindo uma manobra para favorecer a candidatura de Pedro Duarte (coligação PSD/CDS-PP/IL).

Por outro lado, o candidato independente Filipe Araújo elogiou a decisão como um sinal de "respeito institucional" pela Assembleia Municipal, que havia criticado a Metro por não ter submetido o projeto a consulta pública.

O projeto do metrobus, que prevê ligar a Casa da Música à Praça do Império e à Anémona com autocarros a hidrogénio, tem sido alvo de polémica, especialmente devido ao abate de árvores necessário para a segunda fase, o que motivou protestos e críticas generalizadas sobre o seu impacto ambiental e urbanístico.