Os dados indicam que 2025 poderá ser o ano com o maior número de recolhas de sempre, uma tendência que reflete uma crise a nível nacional. O aviso do CAGIA, que serve 12 municípios alentejanos, baseia-se em estatísticas alarmantes: se em 2022 foram recolhidos 275 cães, em 2024 o número subiu para 372, e só até 30 de setembro de 2025 já tinham dado entrada 358 animais.
Esta subida contrasta com a diminuição na entrada de gatos, um sucesso atribuído ao programa de Capturar-Esterilizar-Devolver (CED). A situação local espelha um problema nacional, com o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) a reportar cerca de 930 mil animais errantes em Portugal Continental e um recorde de 45.148 recolhas em 2023. Um dos pontos mais críticos do alerta é a baixíssima taxa de recuperação dos animais pelos seus tutores.
Entre 2022 e 2024, apenas 0,02% dos animais recolhidos puderam regressar a casa, uma vez que não possuíam identificação eletrónica.
O CAGIA aproveitou a data para recordar que o abandono de animais é crime desde 2014 e que o microchip é obrigatório, sendo "fundamental para facilitar a recuperação de animais perdidos e combater o abandono".













