O evento foi classificado como o mais grave no sistema elétrico europeu nos últimos 20 anos.

A análise, conduzida pela Rede Europeia de Gestores de Redes de Transporte de Eletricidade (ENTSO-E), detalha que o colapso começou com o desligamento súbito de várias centrais solares e eólicas no sul de Espanha, o que provocou uma "cascata de voltagem elevada", um fenómeno inédito como causa de um apagão desta dimensão. Em menos de um minuto, a rede perdeu mais de 2,5 gigawatts, levando a que a Península Ibérica perdesse o sincronismo com a rede continental europeia. A Ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, saudou as conclusões, destacando que "não há dúvidas de que é um apagão em Espanha que afetou Portugal" e que o sistema elétrico português demonstrou resiliência, com um controlo de tensão que funcionou de forma eficaz. O relatório preliminar, que se baseia em dados recolhidos até agosto, não atribui culpas, focando-se na descrição técnica dos factos.

O relatório final, que incluirá recomendações para evitar futuros incidentes, foi antecipado para o primeiro trimestre de 2026.