A decisão foi tomada após uma fiscalização municipal ter detetado graves inconformidades com o projeto aprovado e riscos para a saúde pública, segurança e ambiente. Num comunicado, a autarquia revelou que uma ação de fiscalização realizada em julho constatou que a unidade industrial “não se encontra em conformidade com o projeto aprovado pela Câmara Municipal, designadamente nas infraestruturas de drenagem, tratamento de águas e gestão de efluentes”. Foram igualmente “identificadas várias situações que colocam em risco a saúde pública, a segurança de pessoas e bens, as condições de trabalho e o ambiente”, o que impôs a necessidade de uma “atuação imediata por parte da autarquia”. A Câmara determinou, assim, a aplicação de uma medida cautelar e provisória de suspensão da atividade. Após os 90 dias, será realizada uma nova vistoria para reavaliar a medida e tomar uma decisão final.

A autarquia do Crato expressou ainda a expectativa de que outras entidades envolvidas na fiscalização, como a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e o SEPNA, atuem com a mesma “prontidão e celeridade”. O município sublinhou que, embora apoie a dinamização económica, esta “nunca poderá comprometer a saúde pública, a segurança de pessoas e bens, a saúde e segurança nos locais de trabalho e a proteção do ambiente”. Esta ação reflete uma posição firme da autoridade local na defesa do interesse público e na fiscalização do cumprimento das normas ambientais e de segurança industrial.