A Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) ordenou a suspensão imediata da comercialização de um lote do analgésico injetável Nolotil, devido à deteção de contaminantes perigosos. Este alerta de saúde pública levou a uma recolha voluntária do produto e a um aviso direto a entidades de saúde e utentes para prevenir potenciais riscos. A suspensão incidiu sobre o lote n.º R1335 do medicamento Nolotil (Metamizol magnésico) 2000mg/5ml, solução injetável, após ter sido confirmada a "presença de fragmentos de vidro de ampolas e pó na caixa do medicamento". Em resposta, a empresa farmacêutica Boehringer Ingelheim Portugal iniciou de imediato a recolha voluntária do lote afetado.
A ação do Infarmed foi clara e diretiva, emitindo uma circular informativa que instrui todas as entidades que possuam o lote em stock a não o vender, dispensar ou administrar, devendo proceder à sua devolução.
A medida estende-se aos utentes, que foram aconselhados a contactar o seu médico para avaliar a necessidade de substituição por um fármaco alternativo.
O Nolotil é um medicamento amplamente utilizado para tratar dores agudas intensas, como a dor espasmódica ou tumoral, e febre alta que não responde a outras terapêuticas, o que torna este alerta particularmente relevante.
A rápida articulação entre a autoridade reguladora e a empresa farmacêutica demonstra a importância dos mecanismos de farmacovigilância para proteger a saúde pública, minimizando o risco de administração de um produto que poderia causar danos graves aos doentes.
Em resumoA suspensão e recolha do lote R1335 do Nolotil foi uma medida de saúde pública essencial após a deteção de fragmentos de vidro. A ação coordenada entre o Infarmed e o fabricante, juntamente com instruções claras ao sistema de saúde e aos utentes, visou prevenir potenciais danos decorrentes da administração do medicamento contaminado.