Prevê-se que, no início de 2026, a linha receba até 900 mil tentativas de chamadas mensais, das quais perto de 300 mil poderão ficar sem resposta num único mês. A causa principal desta sobrecarga é o aumento de funcionalidades atribuídas à linha, como a triagem obrigatória para as urgências no âmbito do programa "Ligue Antes, Salve Vidas", sem o correspondente reforço de meios.
Os investigadores alertam que o serviço já "opera acima da sua capacidade, há mais de dois anos".
Em resposta, a Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, admitiu as dificuldades, afirmando: "Temos noção dos constrangimentos".
Anunciou que foi solicitado aos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) e à operadora Altice um reforço do serviço em, pelo menos, 27 unidades locais de saúde (ULS) durante o inverno. O Governo espera ainda implementar soluções tecnológicas para agilizar o atendimento, incluindo o recurso a inteligência artificial, uma medida também mencionada pelo secretário de Estado da Gestão da Saúde, Francisco Rocha Gonçalves.
Atualmente, a linha conta com 3.200 profissionais e já respondeu a 4,3 milhões de contactos entre janeiro e setembro, números que ilustram a crescente pressão sobre este serviço vital.













