A Red Eléctrica de España (REE) emitiu um novo alerta sobre a estabilidade da rede elétrica peninsular, após detetar variações bruscas de tensão que podem comprometer o fornecimento em Espanha e Portugal. O aviso surge seis meses após o apagão de abril, reforçando a necessidade de planos de contingência e preparação por parte da população. A instabilidade é atribuída à rápida expansão de instalações de geração renovável, como solar e eólica, cujo comportamento intermitente e o tempo de resposta limitado dos sistemas de regulação criam flutuações na rede. A REE explica que "a integração crescente de sistemas eletrónicos de potência, tanto em grandes centrais como em instalações de autoconsumo doméstico, criou novas dinâmicas no sistema elétrico", dificultando a previsão do comportamento da rede em situações críticas. Se não forem controladas, estas oscilações podem levar à desconexão automática de unidades de consumo ou geração, originando desequilíbrios em cascata.
Em resposta, a REE solicitou à autoridade reguladora espanhola a aprovação de medidas técnicas e operacionais urgentes para reforçar o controlo da rede.
Embora a probabilidade de um novo apagão generalizado seja considerada baixa, o governo espanhol admite que a complexidade do sistema exige "vigilância contínua".
Em Portugal, a REN – Rede Energética Nacional acompanha a situação, sublinhando que, dada a forte interdependência, qualquer instabilidade em Espanha pode ter reflexos imediatos em território nacional.
Na sequência do apagão de abril, a União Europeia ativou um plano de resiliência energética que recomenda que todos os lares tenham um kit de emergência para 72 horas, incluindo itens como lanterna e rádio a pilhas, para garantir autonomia em caso de falha prolongada.
Em resumoUm novo alerta da rede elétrica espanhola adverte para o risco de instabilidade na Península Ibérica, devido a variações de tensão causadas pela expansão das energias renováveis. Embora a probabilidade de um apagão seja baixa, as autoridades portuguesas monitorizam a situação e a UE recomenda que os cidadãos preparem um kit de emergência para 72 horas.