A Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, reconheceu os constrangimentos na Linha SNS 24 e anunciou que já foi solicitado um reforço do serviço para o período de inverno. A declaração surge em resposta a um estudo que estima que cerca de um milhão de chamadas poderão ficar sem atendimento nos próximos meses devido à sobrecarga do sistema. A linha de saúde tem enfrentado uma pressão crescente, com um estudo de investigadores a projetar até 900 mil tentativas de chamadas mensais no início de 2026, das quais quase 300 mil poderão não ser atendidas num único mês.
A ministra afirmou ter "noção dos constrangimentos" e explicou que foi pedido aos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) e à operadora Altice que o serviço fosse reforçado "pelo menos em 27 unidades locais de saúde [ULS]".
Ana Paula Martins admitiu que o ideal seria alargar o reforço às 12 ULS onde o modelo de triagem obrigatória ainda não está implementado, mas reconheceu que "isso não está garantido neste momento".
A governante sublinhou a necessidade de "reforços humanos", mas também de "colocar inteligência artificial no sistema" e outras tecnologias para agilizar o atendimento e o encaminhamento.
A situação atual é crítica, com a linha a operar "acima da sua capacidade há mais de dois anos", segundo o estudo, e com tempos de espera que podem chegar aos 40 minutos.
Em resumoPerante o risco de colapso da Linha SNS 24, que poderá deixar um milhão de chamadas sem resposta no inverno, a Ministra da Saúde reconheceu as falhas. Foi prometido um reforço do serviço em 27 unidades locais de saúde, recorrendo a mais profissionais e a novas tecnologias como a inteligência artificial.