As autoridades de saúde de Macau lançaram um alerta à população face ao aumento de infeções locais pelo vírus chikungunya, transmitido por mosquitos. A situação surge na sequência de um surto na vizinha província chinesa de Guangdong, elevando o risco de transmissão na região semiautónoma. Os Serviços de Saúde de Macau (SSM) confirmaram a deteção de mais dois casos locais, elevando o total para oito, aos quais se somam 24 casos importados. A chefe do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças dos SSM, Leong Iek Hou, afirmou que existe "um risco contínuo de importação de casos" e que o risco de transmissão em Macau "é muito alto". Apesar do alerta, o diretor dos SSM, Alvis Lo Iek Long, tentou tranquilizar a população, defendendo que "não é preciso entrar em pânico", pois os casos locais "continuam a ser esporádicos" e ainda não se regista uma infeção coletiva.
A febre chikungunya provoca sintomas semelhantes aos da dengue, como febre e dores articulares, podendo levar a "dores articulares crónicas durante meses ou anos".
As autoridades apelam à "colaboração dos residentes" para eliminar águas estagnadas, usar redes mosquiteiras e repelente de mosquitos.
A situação é contextualizada pela deteção em Portugal do mosquito *Aedes Albopictus* (conhecido como "mosquito-tigre"), transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya, em locais como Condeixa-a-Nova, Covilhã e Pombal.
Em resumoFace ao aumento de casos locais de febre chikungunya e ao elevado risco de transmissão, as autoridades de saúde de Macau emitiram um alerta. Embora peçam para não haver pânico, recomendam medidas preventivas à população, como a eliminação de águas paradas, para combater o mosquito transmissor.